Justiça revoga prisão de cuidadora indiciada por homicídio após esquecer bebê em carro

Menino de 2 anos ficou no veículo por 3 horas no dia 25 de agosto, o mais quente do ano até então em Bauru. Defesa entrou com o pedido alegando não haver requisitos necessários para a prisão preventiva.

A cuidadora com o bebê no colo volta para casa; minutos depois ela saiu com menino para levá-lo até a UPA em Bauru — Foto: Circuito de segurança/ Reprodução

BAURU-SP — A Justiça revogou a prisão preventiva da cuidadora que esqueceu um bebê de 2 anos no carro em Bauru no último dia 25 de agosto de 2021. O menino morreu após ficar mais de 3 horas no veículo no dia mais quente do ano até então.

Gláucia Aparecida Luiz, de 35 anos, foi indiciada por homicídio com dolo eventual e estava presa na penitenciária de Pirajuí. Ela deixou a penitenciária nesta quinta-feira, dia 09 de setembro, após a decisão da Justiça.

De acordo com o advogado de defesa da cuidadora, o juiz 4.ª Vara Criminal, dr. Fabio Correia Bonini aceitou o pedido de liberdade ingressado pela defesa na Justiça no último dia 3 de setembro.

Segundo o advogado Lucas Hamada, a Justiça aceitou o argumento da defesa de que Gláucia não preenche os requisitos para que seja mantida a prisão preventiva.

Em nota, a defesa também reforçou que a cuidadora sempre estará à disposição da Justiça e que até esta data não houve a denúncia do Ministério Público, não sendo possível concluir se Glaucia responderá pelo crime doloso ou culposo.

Menino Arthur, que morreu em Bauru (SP) após ser esquecido em carro, com os pais — Foto: Arquivo Pessoal

Também em nota, o MP informou que o promotor de Justiça Criminal de Bauru, Alex Ravanini Gomes, ainda não tomou ciência formal da decisão.

A nota esclarece ainda que o “MPSP fez manifestação contrária ao deferimento da liberdade, não houve formal denúncia do caso, porque há diligência em andamento a ser cumprida pelo Instituto de criminalística – perícia nas imagens e horários relativos ao fato, além de outras diligências relevantes às circunstâncias do fato”.

G1 também entrou em contato com o Tribunal de Justiça de São Paulo, que informou que foi concedida a liberdade provisória, condicionada ao cumprimento das medidas cautelares, como: obrigação de apresentação mensal em juiz para informar e justificar suas atividades, bem como de comparecimento a todos os atos do processo; não afastar-se do distrito da culpa, sendo-lhe vedada a alteração de domicílio sem autorização judicial; e proibição de exercer atividade remunerada no cuidado de crianças ou pessoas vulneráveis, sob pena de ter novamente decretada a sua prisão preventiva.

Ainda segundo o TJ, o processo está com vista ao Ministério Público, que poderá pedir novas diligências para a autoridade policial, oferecer denúncia ou pedir o arquivamento do processo.

Cuidadora foi presa em Bauru após a morte do menino — Foto: Fernanda Ubaid/ TV TEM

G1

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