A mulher, de 30 anos, suspeita de ter matado a própria filha, em Presidente Prudente (SP), recebeu alta do Hospital Regional na noite desta terça-feira (4). Segundo a Polícia Civil, ela permaneceu presa e deve ser transferida para Tremembé (SP). As informações são do Portal G1.
A mulher foi presa em flagrante por infanticídio na segunda-feira (3), dia em que a menina nasceu e foi encontrada em um saco de lixo em uma casa no Residencial Tapajós. Uma faca, possivelmente utilizada no crime, foi apreendida.
Em relatório preliminar de exame necroscópico foi apontado que a vítima era recém-nascida, do sexo feminino, cor branca, medindo 50 cm de altura, e que o corpo apresentava múltiplos ferimentos causados por instrumento perfurocortante.
A Polícia Civil informou ao g1, nesta quarta-feira (5), que a prisão da mulher foi mantida e que ela deve ser transferida para uma penitenciária no município de Tremembé (SP), onde há duas penitenciárias femininas.
Ainda conforme a corporação, a transferência depende da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
O caso segue em investigação pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Presidente Prudente.
Os fatos
A princípio, a Polícia Militar foi acionada para “auxílio à gestante” em uma casa do Residencial Tapajós. Quando a equipe chegou ao local, constatou que a então gestante havia sido socorrida ao Hospital Regional e foi recebida por uma testemunha.
Dentro da residência, os militares constataram muitas manchas de sangue em vários cômodos e móveis, além de garrafas de vidros estilhaçadas e uma faca que estava em cima da pia do banheiro.
Posteriormente, os policiais visualizaram um saco de lixo de cor preta e dentro dele o corpo de um bebê, em óbito.
Depois dos trabalhos periciais, os policiais constataram que “a vítima apresentava múltiplas lesões similares àquelas produzidas por faca”
Mensagens
Segundo o boletim de ocorrência, a testemunha relatou que sua prima havia entrado em contato por mensagens, “informando que teria sofrido um aborto, e que estava sangrando muito, com desmaios”. A mulher foi ao local e solicitou auxílio de uma Unidade de Resgate.
A testemunha acrescentou, em sua versão à polícia, que por volta de 13h recebeu mensagens da prima via WhatsApp. “Ela dizia ter sofrido um aborto, e que a casa estava com sangue, e que ela também estava com dor”, que “estava muito fraca e que precisava que [a prima] fosse ao local”.
Quando a testemunha chegou à casa, abriu a porta e assim que entrou viu a suspeita nua e deitada no sofá na sala. “Percebeu que ela estava pálida e com os lábios esbranquiçados. A testemunha notou, ainda, que o interior da casa estava cheio de sangue”, segundo o registro policial.
A mulher foi questionada e declarou ter sofrido um aborto e desmaios.
Equipes da Polícia Civil estiveram no local do crime e verificaram também que o cadáver da recém-nascida apresentava sinais de violência corporal.
“Entrevistada no HR, a autuada informalmente admitiu a prática delitiva, aduzindo que foi tudo muito rápido e não sabia o que fazer”, consta no registro policial.
A mulher ainda não foi interrogada devido a estar sob atendimento médico-hospitalar no Hospital Regional.