‘Pró Azul’ denuncia infrações ambientais em Cândido Mota

‘Pró Azul’ denuncia infrações ambientais em Cândido Mota

‘Pró Azul’ denuncia infrações ambientais em Cândido Mota

CÂNDIDO MOTA-SP — A Pró Azul Ambiental, entidade de terceiro setor que atua na área de gestão, pesquisa e desenvolvimento em resíduos sólidos, educação ambiental e monitoramento de preservação ambiental na região de Cândido Mota, denunciou ontem, dia 20, podas drásticas e cortes de várias árvores, iniciando na rodovia Francisco Gabriel da Mota, próximo à entrada da piscina pública municipal seguindo até cerca de 350 metros adiante. O caso teria ocorrido no último dia 17, conforme a ong.

“No local abordado por voluntários ambientalistas da ong, pôde ser constatados cortes nos troncos das árvores nativas e exóticas abaixo da linha de segurança de recuperação das espécies, o que na maioria das vezes, quando esse tipo de agressão acontece, o percentual de sobrevivência cai demasiadamente”, disse Haroldo Cesar Fernandes, ambientalista, pesquisador ambiental e co-fundador Pró Azul.

Ele explicou que foram abordados os trabalhadores terceirizados da concessionária responsável pela distribuição de energia na região e indagados sobre a metodologia de cortes. “Eles apresentaram somente uma autorização em imagem de WhatsApp, que em nada deduzia ou subsidiava legalmente tais procedimentos. No entanto, os trabalhadores continuaram o trabalho de poda mais adiante, com maior moderação, sendo nítida a preservação da massa vegetal na sequência dos trabalhos”, ressaltou.

Polícia Ambiental

Ainda de acordo com o ambientalista, ‘diante do tamanho das consequências deixadas numa área de cerca de 350 metros longitudinais e da depreciação que a área já apresenta em outras ações semelhantes anteriormente e também de denúncias recentes de ações semelhantes em outras áreas mais distantes, a Pró Azul registrou imagens do local e apresentou aos membros do Conselho de Meio Ambiente de Cândido Mota. E por unanimidade aprovaram uma posterior denuncia a Policia Ambiental do Estado, já realizada’.

“Também haverá uma ação civil pública ao Ministério Público Ambiental junto com outras entidades socioambientais da região, de direitos humanos e especialistas na área, haja vista que o ocorrido não se restringe ao local, ou seja, de contemporaneidade, mas já vem sendo avaliado há alguns anos e em vários locais da nossa região”, ponderou o líder.

Ele explicou que a Pro Azul tem seu trabalho e missão ‘imerso no equilíbrio e respeito das ações ambientais e em hipótese alguma representa a proteção dos biomas e ecossistemas sob olhar singular de radicalismos’. “Entendemos as articulações de proteção aos serviços essenciais à comunidade, como por exemplo a manutenção das redes elétricas que abastecem as residências, as indústrias, os hospitais e toda a esfera de comodidades, e principalmente, necessidades da população”, disse.

E completou: “Ainda assim, primamos pelo equilíbrio das ações, onde, baseado nas legislações ambientais e sociais, toda sorte de intervenções, quando seguidas as regras com consciência e respeito, a flora e a fauna podem e devem ser consideradas como necessárias e legítimas. Poder público, setor privado e comunidade em geral podem e devem ser mais comprometidos com ações deste tipo, seja denunciando ou monitorando as ações errôneas, onde o nível de perda seja o mínimo possível e as consequências não sejam desastrosas para a maioria”.

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