Suspeito de espancar e matar cadela é ouvido e vai responder por maus-tratos

Homem teria deixado cachorra agonizando em frente à sua casa depois das agressões em Bauru. Pena prevista para esse crime é de até 1 ano, podendo aumentar devido à morte; suspeito vai responder em liberdade.

BAURU, SP – Um homem suspeito de espancar e matar a própria cachorra no bairro Mary Dota, em Bauru (SP), foi ouvido pela Polícia Civil na quarta-feira (2) e irá responder por crime de maus-tratos de animal qualificado.

O caso aconteceu em março deste ano e, desde então, o suspeito não tinha sido encontrado para prestar esclarecimentos. O caso foi registrado na Polícia Civil como maus-tratos de animal qualificado, com pena prevista de 3 meses a 1 ano.

Ainda de acordo com a polícia, o caso será julgado com base no artigo 32 da Lei 9605/98 e a punição poderá ser aumentada de um sexto a um terço por conta da morte da cachorra. O homem foi ouvido e responderá em liberdade.

De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito teria agredido violentamente o animal e o deixado agonizando em frente à sua casa.

A cachorrinha Vitória, de apenas seis meses, chegou a ser socorrida por fiscais do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) após uma denúncia e levada até uma clínica veterinária mas, uma semana depois, acabou morrendo.

O delegado Dinair José da Silva, titular da Delegacia de Crimes Ambientais, disse que o suspeito havia sido intimado, mas não compareceu para prestar depoimento. Então, na última quarta-feira (2), uma equipe o encontrou em casa e ele prestou depoimento.

Vitória foi encontrada agonizando em frente à casa do suspeito após uma denúncia (Foto: Polícia Civil / Divulgação )

Segundo o delegado, o suspeito disse que havia bebido muito e, por conta disso, acabou dando cintadas no animal. O laudo da morte aponta espancamento.

“Nesse caso foi feito um termo circunstanciado que será encaminhado ao Judiciário e ao Ministério Público depois que a polícia ouvir o depoimento das testemunhas”, esclarece o delegado.

* Colaborou sob a supervisão de Mariana Bonora

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